Nos últimos anos, acompanhei diversas operações de fusões, aquisições e parcerias estratégicas. Empresas que pareciam um casamento perfeito no papel acabaram se tornando pesadelos operacionais.
Outras, com riscos ocultos e pouco visíveis, conseguiram mitigar problemas antes que se tornassem crises.
A chave? Due diligence estratégico bem conduzido.
Muitas empresas ainda tratam esse processo como uma mera formalidade financeira e jurídica, que se não bem conduzida, com uma análise profunda pode custar queda de cabelo, stress, muitos cafés, comprometer anos de trabalho estratégico. Atente-se pois nem inseri nesse ponto a questão financeira.
Compartilho contigo os principais equívocos que vejo no mercado e como uma abordagem realmente estratégica pode evitar armadilhas invisíveis.
“Due diligence estratégico é um investimento, não um custo”
Due diligence estratégico
Para evitar surpresas desagradáveis, adotei uma abordagem que considera três frentes fundamentais:
1. Cultura e Pessoas: O fator invisível que pode matar uma fusão
- Qual é o nível de engajamento dos colaboradores?
- Há desalinhamento entre os valores e a cultura das empresas envolvidas?
- Como são os estilos de liderança e tomada de decisão?
Já vi aquisições fracassarem porque os times simplesmente não se integrariam. Um choque cultural pode ser tão destrutivo quanto um passivo oculto.
2. Processos e Eficiência Operacional: A empresa funciona de verdade?
- Os processos são escaláveis ou a empresa depende de heróis internos?
- Existem riscos operacionais que podem estourar depois do deal?
- A tecnologia e a infraestrutura suportam o crescimento esperado?
Se a empresa só se mantém de pé por causa de um “time brilhante”, mas sem processos bem estruturados, essa operação pode desmoronar quando os fundadores saírem.
3. Riscos de Longo Prazo: O que não está nos relatórios financeiros?
- A empresa tem uma dependência excessiva de poucos clientes?
- Há passivos regulatórios, fiscais ou ambientais que podem surgir no futuro?
- O setor da empresa está sujeito a disrupções tecnológicas?
Uma aquisição pode parecer lucrativa hoje, mas e daqui a cinco anos?
A falta de visão estratégica pode levar a um investimento que se torna irrelevante com o tempo.
Uma due diligence com vantagem competitiva identifica oportunidades estratégicas, identificar riscos é o básico.
Descobrir ativos invisíveis:Propriedade intelectual subutilizada, talentos escondidos ou oportunidades de mercado pouco exploradas.
Criar planos de mitigação antes do fechamento:Se riscos forem identificados, podemos trabalhar para reduzi-los antes da assinatura do contrato.
Ajustar a negociação para maximizar valor: Se um risco for encontrado, ele pode ser convertido para que possa ser utilizado na mesa de negociação.
O erro mais caro em uma fusão, aquisição ou parceria é enxergar a due diligence apenas como um checklist obrigatório.
E você? Como sua empresa conduz due diligence hoje?
Você se sente seguro de que eventuais riscos ocultos estão sendo identificados? Vamos conversar sobre isso.
🔗 Envie uma mensagem e vamos te ajudar com este tema!